MORTE
Morte
A vida inserida a força em minha alma,desesperadamente reluta ,
E o luto de meu corpo transforma-se na ultima barca de seu repouso.
Necessiito do último primeiro sopro e de um olhar misericordioso e nem,
Assim sua sombra deixa de vir,num abraço seco e molhado despedindo-se,
Dos restos que ficarão,onde agarrar-me a não ser em seu manto negro noite,
Pois, o dia vida parte sem deixar vestigios e muito menos pegadas que posso segui-las,
E a solidão da passagem torna-se a carruagem de todo ser infinito, em seus breves instantes.
Vasculho minhas posses ,e entre ossos e carne podreficada,encontro particulas de diamantes ,
Que mesmo misturadas á sujeiras, não turvaram-se, e ainda sustentam o brilho para marcarem,
Com luz de vela, minha partida serena, em pleno nevoeiro de sentimentos e pensamentos de cores,
Flores,amores ,perdidos,e esquecidos ,mas relembrados como a última redenção de minha crusificação.
Nada escapa de sua presença, e mesmo em sua ausência,sussurra em meio a barulhos sua companhia,
Desesperadamente a entrega é inefitável,e como no nascimento, seus braços são os únicos a trazer-me,
No silêncio da partida, são os únicos a levar-me.
Allonson (Vera)